Editorial Nº 21 – Formação Docente
Vanisse Simone Alves Corrêa (UNESPAR),
Ana Maria Dietrich (UFABC),
Emily Pestana (Fundação Santo André),
Gabriela Nascimento (UFABC) e
Nathália Vaccani (UFABC)
O Dossiê n.º 21 da Revista Contemporâneos continua com a temática da formação docente iniciada no Dossiê anterior. Este assunto se torna mais relevante para o campo, à medida em que, aliados aos problemas historicamente constituídos, estamos em plena pandemia. As relações entre professores e alunos e instituições estão, portanto, sendo rediscutidas e reavaliadas. Para o campo teórico, torna-se fundamental continuar uma discussão séria, aprofundada e honesta sobre a formação docente e seu impacto na educação.
Os professores, que foram subitamente colocados em uma situação de docência quase “caseira’, com recursos tecnológicos próprios e pouca (ou quase nenhuma) infraestrutura, tiveram que de repente, passar da educação presencial para atividades emergenciais. E os alunos, tomados de surpresa também pela situação e com os recursos próprios disponíveis, começaram a estudar de uma maneira que ninguém poderia prever. Esse movimento, entre professores e alunos, colocando-se como sujeitos ativos de um processo educativo, que acontece para garantir, minimamente a aprendizagem, é antes de tudo, um movimento de resistência e de superação, características aliás, que nunca se desvincularam da profissão docente.
O presente dossiê discute a formação de professores a partir de inúmeros temas. Em relação à atuação docente e os recursos tecnológicos, Machado, Haracemiv, Corrêa e Huf (2021), em seu texto ATUAÇÃO DOCENTE NA EJA EM TEMPOS DE PANDEMIA E O USO DE RECURSOS TECNOLÓGICOS: UMA REFLEXÃO NECESSÁRIA propõem a ponderação sobre essa problemática, questionando e fomentando a discussão para que se entenda a realidade contraditória em que o ensino está acontecendo, especialmente na EJA. Já Veneza; Silva e Silva (2021) apresentam o texto AUTOAVALIAÇÃO DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ARTE DA EMBAP: BACHARELADO E LICENCIATURA A PARTIR DA VISÃO DOS EGRESSOS onde demonstram os resultados da autoavalição realizada pelos alunos egressos dos cursos de Graduação em Arte. A avaliação institucional é um instrumento importante na gestão univeristária e a autoavaliação dos cursos tendem a impactar significativamente na melhoria da oferta da educação superior, inclusive nos cursos de formação de professores.
O artigo de Mauricio e Maron (2019) Modelagem matemática: uma experiência na educação de jovens e adultos analisam uma atividade realizada com um grupo de alunos da EJA, na disciplina de Matemática no Ensino Fundamental II, utilizando-se da modelagem matemática. Segundo as autoras, essa metodologia utiliza-se de problemas encontrados na realidade do aluno e com temas do seu interesse, podendo aliar-se a outras áreas do conhecimento e a variados conteúdos no processo da busca da resolução, o que possibilita ao aluno a construção do conhecimento matemático a partir das suas experiências reais.
Em Inclusão, Saúde e Direitos Humanos: refletindo sobre o tema a partir da formação de professores, Hashizume (2021) discute e problematiza as violações de direitos humanos na educação inclusiva no ambiente escolar, a partir do eixo formação docente e seus desdobramentos, como a medicalização.
Natal e Luiz (2020) apresentam uma pesquisa de cunho bibliográfico no texto Brinquedos lúdicos: material necessário para aprendizagem, onde discutem as construções educacionais das crianças na séris iniciais com o uso de jogos lúdicos. Os jogos podem ser excelentes facilitadores para a aprendizagem.